Metabolismo dos Carboidratos

Fermentação


               



Em microorganismos que vivem na carência de oxigênio, a quebra da glicose termina no piruvato. Isso porque os passos seguintes dependem do oxigênio: a cadeia transportadora de elétrons porque só funciona na presença deste e o ciclo do ácido cítrico que só é viável quando há uma CTE disponível para aproveitar a grande quantidade de NADHs e FADH2s produzidos. A glicólise é viável porque o NADH produzido pode ser devolvido ao piruvato ao final da via. Isto pode ocorrer diretamente (com a formação então de ácido lático – fermentação lática) ou após a descarboxilação do piruvato (com a formação de etanol – fermentação alcoólica).

O baixo aproveitamento energético explica o pequeno desenvolvimento dos organismos estritamente anaeróbios – todos microorganismos. Deste pequeno aproveitamento resulta ainda o ganho da simbiose, por exemplo dos ruminantes, que após a fermentação dos microorganismos,  recebem os produtos que ainda possuem mais de 90% da energia da glicose.

Quando um tecido (mais comumente o músculo) trabalha em anaerobiose (exercício intenso) pode produzir fermentação lática. O ácido lático pode ser reaproveitado no fígado pela neoglicogênese, o que também pode ocorrer diretamente a partir de piruvato, transportado juntamente com o grupamento amino liberado na quebra de aminoácidos (ciclo glicose-alanina). Isto não constitui um ciclo fútil porque é o fígado quem gasta a energia necessária para a regeneração da glicose, podendo então enviá-la para que o músculo (necessitando de energia) ganhe ao quebrá-la novamente.


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